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Pagode da 27 

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Religiosamente, às 16h, todos os domingos, começa o samba na rua Manoel Guilherme dos Reis (Antiga rua 27). ”Faça chuva ou faça sol, tem Pagode da 27”, garante Nenê Partideiro, um dos músicos do projeto.

 

A roda acontece em baixo de uma tenda, em frente ao bar do Careca, que fornece luz e banheiro para o evento. Em troca, o bar tem música de qualidade e público garantido. A festa vai até às 20h e reúne uma média de 300 pessoas de toda a cidade, que vão prestigiar o grupo do Grajaú. 

 

O trabalho da organização começa mais cedo. Às 13h, a lona é erguida, os equipamentos instalados e os instrumentos afinados. Tudo feito, eles abrem espaço para a criançada do bairro aprender os primeiros acordes em uma aula de iniciação musical.

 

Das 14h30 às 15h30, a hora é dos compositores. Qualquer um pode apresentar uma música nova. As composições são avaliadas pelos integrantes e, se aprovadas, depois de um processo que leva até quatro semanas para análise, são levadas à roda.   

 

“Primeiro tem que mostra a música para nós, para saber se a letra do cara tá na mesma filosofia que o Pagode [da 27]. Não que  a gente seja melhor que ninguém, mas o cara tem que ter a mesma sintonia e o mesmo propósito do Pagode”, explicou Nenê.

 

Isso garante que 80% das músicas apresentadas no evento sejam composições próprias.O restante é completado com Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal, Dona Ivone Lara, Bezerra da Silva e outros clássicos do samba.

 

***

 

A história do Pagode da 27 começou em 2005. Um grupo de amigos que se reunia, na antiga rua 27 do Grajaú, para bater papo, tomar cerveja e fazer samba resolveu levar o lazer a sério e criar um evento para toda a comunidade.

 

“O pessoal parava para ver a gente tocando, ficava na palma da mão curtindo a música. Ai pensamos, pô, a gente consegue reunir um pessoal todo domingo, vamos fazer alguma coisa pra ajudar a comunidade? Ai veio a ideia de arrecadar alimento e criar o Projeto”, contou Nenê.

 

Com a arrecadação do alimento veio o compromisso de fazer a roda toda semana. “Quem tem fome tem pressa. Tem família esperando o alimento na segunda-feira”. Nenê também contou que, com as doações, eles conseguem atender entre quatro e cinco famílias toda a semana. Em dia de aniversário do pagode, a arrecadação chega a duas toneladas.

 

Com nove anos de existência, a roda do Pagode da 27 já gravou dois CDs independentes: A Comunidade Chegou e Filhos da Favela. Há planos de lanças um DVD do samba em breve.

 

Serviço:

 

Todo domingo 16h às 20h

Grátis (Doação voluntária de alimento)

Rua Manoel Guilherme dos Reis, Grajaú, SP, Z/S
( Antiga rua 27 )

            

 

DIÁRIO DE BORDO

O Pagode da 27 fica no limite do Grajaú com Parelheiros, entre a represa Billings e a Guarapiranga. Mais precisamente, na rua Manuel Guilherme dos Reis, que já estava fechada com cavaletes para impedir a passagem dos carros, quando cheguei – alegria da criançada, que circulava de bicicleta antes do som começar. 

 

Pouco antes das 16h, um grupo fardado com as roupas do samba se junta em volta das mesas, em frente ao bar do Careca, para dar a última afinada nos seus respectivos instrumentos. Nesse horário, não havia mais de 15 pessoas para prestigiar a roda. Mesmo assim, o samba começa pontualmente.

 

Cavaquinho, pandeiro, cuíca, repique, surdo, reco-reco, banjo com braço de cavaquinho, agogô, tantã, atabaque, violão e tamborim revezam na mão dos 11 músicos que compunham a roda.

 

Na mesa, água. A cerveja presente na mão de 10 entre 10 presentes no evento passa longe dos sambistas. Eles dizem que é para não influenciar as crianças que se espelham neles.

 

Para o público, além da gelada, os salgados e a batata-frita vendidos por uma barraquinha montada por uma vizinha do samba é sucesso garantido.

 

A animação é contagiante. O público canta, dança, aplaude e participa. De tempos em tempos são convocados pelo Nenê Partideiro, que levanta com os braços abertos para puxar a música.

 

O samba foi enchendo e perto das 18h já era difícil conseguir ver a roda.  Isso não parecia incomodar a maioria dos participantes, que aproveitavam a festa para conversar, acender narguilé e se divertir.

 

Por muitos momentos fui abordado para tirar fotos de grupos animados, que me perguntavam para onde iriam as fotos. A maioria ficava desapontada quando descobriam que era parte de um trabalho de TCC. Entre as abordagens, um grande grupo com a camisa de outro samba de Taboão da Serra; três jovens que moravam na região; e outro rapaz que veio “de longe”, acompanhado da mãe, de 70 anos, e uma amiga dela, para conhecer o Pagode.

Recorte

“The Grajauex

Duas laje é triplex

No morro os moleques, no vapor... (clic clac)”

[Grajauex – Criolo]

 

O bairro do Grajaú é também o local onde cresceu o rapper Criolo, um dos músicos mais conceituados do rap paulistano. Criolo é também um dos frequentadores do Pagode da 27, tendo inclusive dedicado algumas composições para o Projeto.

 

O rapper faz uma participação especial em uma das músicas do novo CD do grupo – a Filhos da Favela, do álbum homônimo.

 

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